Compositor: Ani DiFranco
Eu abri uma conta bancária quando tinha nove anos
Eu a fechei quando eu tinha dezoito anos
Eu dei a eles cada centavo que eu economizei
E eles deram um número ao meu sangue e à minha urina
E agora eu estou sentada nesta sala de espera brincando com os brinquedos
E eu estou aqui para exercer minha liberdade de escolha
Eu passei pelos seus cartazes portáteis
Eu passei pelos seus piquetes
Eles se reuniram quando me viram chegando
Eles gritaram quando me viram atravessar
Eu disse: Por que você não vai para casa?
Apenas me deixem em paz
Eu sou apenas mais uma mulher perdida
Vocês são como peixes na água que não sabem que estão molhados
Mas, até onde eu sei, o mundo ainda não é perfeito
E seus olhos entediados eram obscenos
Nas coxas do seu jeans uma revista
Eu queria que ele nunca tivesse vindo aqui comigo
Na verdade eu queria que ele nunca tivesse chegado perto de mim
Eu queria que o ombro dele não estivesse tocando o meu
Eu estou envelhecendo esperando nesta fila
Mas algumas das melhores lições da vida são aprendidas nos piores momentos
E sob a forte luz fluorescente ela me ofereceu a mão para segurar
Ela ofereceu estabilidade e calma e eu estava esmagando sua palma
Através do estremecimento de puxão e pinça
Meu sorriso inconvincente
Naquele campo de batalha estéril que só vê vítimas
Nunca heróis
Meu coração foi ao zero absoluto
E, Lucille, sua voz ainda soa em mim
É, a minha foi uma tragédia relativamente fácil
O perfil do nosso país parece um pouco menos duro
Mas você sabe que aquele piquete persistiu e aquela clínica já foi fechada
Eles continuam batendo seus punhos na realidade esperando que se quebrem
Mas você sabe que eu não acho que haja um deles que leve uma vida livre de erros
Sim, eu não vou sacrificar minha liberdade de escolha
Não, você não pode me fazer sacrificar minha liberdade de escolha
Não, você não pode nos fazer sacrificar nossa liberdade de escolha